segunda-feira, 20 de junho de 2011

Concurso Literário Quem conta um conto... Acrescenta um ponto

Os alunos do 2.º Ciclo da nossa Escola participaram neste concurso promovido pelo Semanário Sol em parceria com o Plano Nacional de Leitura com o objectivo de fomentar hábitos de leitura e de escrita nos alunos dos 5.º e 6.º anos de escolaridade, incentivando à escrita de um texto que desse seguimento a um dos 24 livros da Colecção Clássicos Portugueses Contados às Crianças distribuída com o semanário SOL.



Aqui fica o conto seleccionado para participar no concurso, uma vez que, cada escola só podia concorrer apenas com um conto.



As Pupilas do Senhor Reitor










E felizes para sempre viveram... até que...
Da união de Pedro e Clara nasceram Maria e Manuel, e do casamento do indeciso e namoradeiro Daniel com a doce e sonhadora Margarida, nasceu o Francisco.
O Médico Daniel tinha cada vez mais pacientes e Margarida, já se tinha tornado numa professora muito amada e querida dos seus alunos. Francisco agora com dez anos era uma criança muito calada, muito metida consigo própria, amigos não tinha e, até aos primos, Maria e Manuel, não lhes dava muita atenção, parecia sempre triste.
Maria era muito linda, alegre, bastante parecida com o pai, já Manuel era travesso e brincalhão.
Pedro e Clara eram felizes, o reitor, agora já velhote, tinha muito orgulho nas suas meninas e nos casamentos que estas tinham feito.
Certo dia, Daniel encontrou o seu menino muito mais triste do que o costume, muito quieto. Ao perguntar-lhe o que tinha, verificou que este ardia em febre, pegou no pequeno ao colo e de imediato o levou até ao hospital onde Daniel trabalhava, mas ao chegar ao hospital já não havia nada a fazer, Francisco tinha morrido vítima de uma doença fulminante.
A tristeza abateu-se sobre toda a família, Margarida deixou a escola onde dava aulas, o facto de conviver com crianças, trazia-lhe à memória muitas lembranças do seu menino.
Daniel continuou no seu emprego, mas tornou-se um homem amargurado e distante de Margarida.
Na casa de Pedro e Clara também não havia alegria, Clara, depois da morte de Francisco, estava sempre muito preocupada com os seus filhos, o medo de que algo de mal lhes acontecesse tornara-a uma mãe muito possessiva e chata, ao ponto de Pedro estar sempre a chamar-lhe a atenção para o facto de ela estar a ficar paranóica.
O reitor, homem bastante devoto e crente em Deus, perguntava a este mesmo Deus, o porquê de tanta desgraça na sua família.
Os dias, os meses, os anos foram passando, e como o tempo tudo cura, a família do reitor estava a recuperar lentamente, e até Margarida já parecia estar a aceitar tudo melhor.
Certo dia, Clara decidiu consultar-se com o cunhado Daniel, Clara sentia-se triste e desmotivada, falou com Daniel e contou-lhe todos os seus problemas, este ouviu-a atentamente, e no final, recomendou-lhe calma.
Depois deste dia, Clara e Daniel encontraram-se para conversar outras vezes e, a pouco e pouco, as conversas deixaram de se centrar só em problemas, Daniel e Clara falavam também do passado e de como se tinham sentido atraídos um pelo outro.
Os anos foram passando e Clara e Daniel, já não conseguiam esconder que se sentiam muito bem um com o outro, os seus companheiros nem desconfiavam do que se estava a passar.
Chegou o Natal, época de magia e família, o reitor encontrava-se muito doente e toda a família estava preocupada e com medo de o perderem, o reitor chamou as suas pupilas e disse-lhes o quanto as amava e se sentia amado por elas, pediu-lhes que se dessem sempre bem e que nunca se separassem.
O reitor faleceu mesmo no dia 25 de Dezembro, e a partir deste dia a família nunca mais foi a mesma, Clara e Daniel resolveram assumir a paixão que sentiam um pelo outro e a família, que de unida tinha muito pouco, ficou destroçada, e nem os filhos dos respectivos casais em causa conseguiam falar uns com os outros.
A família do reitor pura e simplesmente desapareceu.
E como acontece na vida, e em algumas histórias nem sempre tudo acaba bem, a vida dá muitas voltas e a frase ´´E foram felizes para sempre´´ nem sempre faz sentido.
Beatriz Silva, 5.ºD


E agora, os restantes textos inspirados nas obras divulgadas na nossa Escola.

O BOBO










D. Sancho I tornou-se segundo rei de Portugal. Ele tinha um segredo que ninguém podia descobrir. À noite, D. Sancho vestia-se de bobo e passava pelas casas de pessoas da sua cidade e divertia-as fazendo palhaçadas na rua, e as pessoas olhavam pela janela e divertiam-se, fazia isso porque a cidade era muito calma, não havia tantas palhaçadas tantos risos, etc.
Numa tarde, todas as pessoas saíam de casa para uma festa, o bobo com a sua roupa colorida, de fazer inveja a qualquer um, ia a passar pela linda praça principal da sua cidade a fazer palhaçadas espectaculares. Depois de ter terminado a sua missão secreta dirigiu-se para o seu belo e grande castelo, ao passar viu uma senhora a tremer de frio e com os olhos cheios de lágrimas e preocupação.
-Ó minha cara senhora porque é que não vai para casa, esta tão frio? Perguntou o bobo.
-Eu estou à espera do senhor rei. Exclamou a senhora toda a tremer.
-Ó filha, então porque é que não vai agora, acho que ele está livre neste preciso momento. Mas esta bem, agora vou avisar pessoalmente o rei que tu, queres falar com ele urgentemente e não é preciso dizeres obrigado. - disse o bobo, e desapareceu tão rápido como tinha aparecido, que a senhora nem deu por isso.
Pela passagem secreta, D.Sancho I chegou ao palácio e mudou rapidamente de roupa, logo chegou a senhora e bateu na porta gigante do palácio e pediu licença para entrar.
-Posso entrar minha majestade? - Perguntou a senhora.
-Sim, sim, claro que pode entrar, o que é que a preocupa? Perguntou D.Sancho I.
-É que os seus criados querem destruir amanhã a minha casa, e depois onde é que eu vou viver? - disse ela aflita.
-Sim é um acaso sério, eu vou falar com os meus criados!!!!!!!! Disse o rei.
-Muito obrigado, eu, o meu marido e os meus filhos agradecemos.
O rei foi falar com os seus criados e aqueles não obedeceram as regras dele.
-Se vocês não fazem o que lhes é pedido, vão ser castigados e vão ser presos.
-Ó senhor rei, eu não tenho culpa se as regras são assim, nós não podemos fazer nada.
-Desde quando é que as regras não são cumpridas, se eu disse para anular a destruição da casa da senhora é para cumprir, ela tem dois filhos e se destruirmos a casa dela onde é que eles vão morar?
-Isso não é culpa nossa sua majestade.
-Eu quero que a minha cidade seja feliz e tenha boas condições.
-Nós podíamos destruir a casa dela mas logo a seguir construir uma nova mais bonita e confortável.
-Esta bem, mas onde é que ela vai viver durante a construção?
-Vossa majestade, eles podem dormir no palácio na sala de convidados!!!!!! Disseram os criados.
-Está bem.
O rei foi a casa da tal senhora e disse:
-A vossa casa será destruída mas, depois será construída uma casa nova com todos os confortos.
-E onde é que nós vamos dormir? Assustada perguntou.
-Dormirão no meu palácio.
-A a a sério?
-Sim, sim, porque hei-de brincar com coisas sérias?
-Muito obrigado!!
A senhora, o seu marido e os seus filhos foram para o palácio e viviam no quarto de convidados.
O rei continuava a vestir-se de bobo e a passar pelas ruas da sua cidade.
Passado alguns tempos a casa da senhora já estava pronta para viver.
Quando entraram na sua casa, ela era tão linda!! Para agradecer ao rei a senhora fez um bolo e entregou-lho.
Mas nessa noite o rei vestido de bobo foi visitar a senhora que tinha conhecido, e quando chegou a casa dela os filhos ficaram espantados por verem tanta palhaçada.
Todos contentes foram contar aos seus amigos e conhecidos e resolveram fazer um jantar especial.
O bobo ouvindo esta conversa na tal noite apareceu com as suas palhaçadas especiais.
A senhora agradeceu muito ao bobo por ter dito ao rei os seus problemas.
E nessa noite fantástica a senhora contou o que é que se passou aos seus amigos.
O bobo nunca tinha visto tantas pessoas felizes.
O rei percebeu que uma coisa simples fazia tantas pessoas felizes, o que o ajudou a ser assim foi o vestido de bobo. E a partir desse momento começou a ajudar a construir casas novas para toda a gente.
Com esta história percebemos que o Dom Bibas tinha morrido mas a imagem do bobo ficou no coração de todos para sempre.


Anna Lakeychuk, 5.ºA





“Depois de libertado, Dom Bibas, usando uma das passagens secretas do castelo, entrou em contacto com Afonso Henriques, com “O Lidador” e com Egas Moniz.” Conversaram durante muito tempo, até que chegaram a um consenso, decidindo então que Dom Bibas iria ao palácio pedir a paz, e ele também assim o assentiu, mas ele, na sua cabeça, tinha outros planos. Não podia deixar que o humilhassem daquela maneira, e depois ainda ter de ir pedir a paz. Nem pensar, de maneira nenhuma!
No dia seguinte, foi ao palácio, mas ai daquele que ousasse pensar que ele lá foi para pedir a paz.
Dom Bibas pediu para entrar nos aposentos do conde, e, quando lá chegou, trancou a porta e começou logo a gracejar:
“ Que conde tão ridículo,
Aquele com quem me venho encontrar,
Nos seus aposentos,
A dormitar em vez do condado governar!
Não tem miolos,
Este menino,
Cresceu sem consolos,
Agora…
Agora é um parvinho!” 1
E Dom Bibas começou a rir, a rir, a rir, e o conde ficava mais furioso a cada gargalhada saída da boca de Dom Bibas.
Mas as gargalhadas de Dom Bibas foram ouvidas pelos guardas, que logo se puseram a arrombar a porta.
Dom Bibas fugiu pela janela, com salto impressionante de uma torre de cinco metros, indo parar exactamente no dorso do seu lindo corcel branco, salpicado de manchas castanhas claras.
Dom Bibas foi acusado de desrespeitar o conde, e teve um mandato de busca. Logo o encontram, no castelo de Afonso Henriques, porque Dom Bibas não era pessoa de covardias, sabia que o viriam buscar, por isso ficou três dias à porta do castelo sem comer nem beber, três dias ao calor e ao frio, três dias a pensar o que seria de sua vida, será que o iam mandar matar? Ou talvez conseguisse desarmar aquele sarilho todo?
O certo foi que no quarto dia, os soldados do conde vieram buscar Dom Bibas, e ele foi a tribunal. A pena que teve de cumprir foi dez anos de prisão. Mas ele não se importou muito. Parecia que nada conseguia que ele ficasse triste.
Dom Bibas, dez anos depois, saiu da prisão e a primeira coisa que fez, foi ir ter com os seus grandes amigos, Dom Afonso Henriques, que já era rei de Portugal, e com Egas Moniz, que nesses tempos já tinha conseguido casar com a bela Dulce e já tinha tido três filhos.
Dom Bibas trabalhou como bobo na corte de Afonso Henrique até ao fim dos seus dias.


Isa Sequeira, 5.ºD




Contudo, a história não termina assim… D. Bibas morreu, é verdade, mas antes disso, ainda viveu muitas aventuras, uma delas foi casar-se. A sua escolhida foi a filha do ferreiro da vila e foi uma carga de trabalhos para conseguir a sua mão em casamento, pois o ferreiro queria a sua adorada filha em boas mãos. Vou contar-vos então o que D. Bibas passou para estar com a sua amada Carminho.
Certo dia, D. Bibas ia a assobiar pelas ruas da vila, alegre e contente, pulando e saltando, feliz da vida até que passou pela porta do padeiro. Ficou deslumbrado ao ver a filha mais nova do ferreiro que saía com um cesto cheio de biscoitos para as crianças e um grande pão ainda a fumegar de quente. A rapariga era muito jovem e bonita. Tinha longos cabelos louros tão dourados como o sol, uma pele muito clara sem nenhuma imperfeição, uns olhos muito grandes e azuis como o céu e uns lábios tão perfeitos, tão encarnados e tão doces que D. Bibas só sonhava em beijá-los. Com medo de que a rapariga lhe falasse fugiu dali a sete pés até à cozinha real do castelo, para falar com o seu grande amigo, o cozinheiro-chefe Edgar.
- Que grande patetice D. Bibas, não tens de ter vergonha da Carminho! - disse o cozinheiro que desatou a rir sem mais nem menos.
- Mas uma rapariga como ela nunca irá olhar para mim - respondeu o bobo meio desanimado.
- Meu amigo, não tenhas medo. Só tens de te preocupar com o ferreiro que odeia engraçadinhos. - aconselhou Edgar muito confiante com um olhar maroto.
No dia seguinte, D. Bibas foi passear à praça e, de repente, um homem de muito mau aspecto foi contra ele, caiu e, como bateu com a cabeça numa pedra, desmaiou. Pouco depois a formosa Carminho chegou a correr muito aflita e parou perto do bobo.
- É um ladrão, é um ladrão! Ele roubou-me o cesto onde eu levava os biscoitos das crianças. - disse a rapariga exausta de tanto correr atrás dele.
Então, D. Bibas com os olhos fixos na cara da rapariga debruçou-se e apanhou o dito cesto. A rapariga ficou felicíssima e em forma de agradecimento convidou o bobo para jantar na sua casa. D. Bibas aceitou e passaram a tarde juntos. A rapariga ganhou coragem e ao final da tarde disse ao bobo o quanto gostava dele e de seguida deu-lhe um grande beijo no enorme nariz. Sem mais demora foi ajudar a sua mãe, que a chamava, e D. Bibas voltou para o castelo onde ensaiou ao espelho o que deveria dizer ao ferreiro.
Depressa a noite chegou e já estavam todos à mesa. D. Bibas seguiu o conselho do amigo Edgar e não disse nem uma piada. Ao final do jantar D. Bibas tomou coragem e muito confiante disse ao ferreiro:
- Senhor, respeito imenso a sua família e tenho em consideração que não gosta da minha profissão, nem mesmo do meu modo de ser, mas tenho de lhe pedir isto, é muito importante. Eu amo a sua filha e desejava poder tomar a mão dela em casamento. O ferreiro respondeu às gargalhadas:
- Tu, um meia-leca como tu, quer casar com a minha filha?! Ahahihih!!!
Bem, se for o que tu queres minha linda filha, eu deixo. Mas o teu bobo tem de me mostrar que consegue tomar conta de ti.
Então o ferreiro lançou um desafio a D. Bibas e se ele acertasse seria considerado suficientemente capaz de cuidar da bela Carminho. O ferreiro fitou o bobo e perguntou:
- O que é que nasce a socos e morre a facadas?
O bobo pensou, pensou, pensou (e até suou), e por fim descobriu.
- A resposta é o pão, meu senhor. – respondeu D. Bibas com medo de ter errado.
- A tua resposta está correcta, meu rapaz. Podem casar à vontade e olhem que quero muitos netinhos. – exclamou o ferreiro de felicidade.
E assim foi, casaram uma semana depois e foi uma festa de arromba que durou três dias e três noites. Tempos depois a Carminho teve gémeos e D. Bibas ficou tão contente que em todo o castelo só se ouvia o bobo a gritar:
- Sou pai, sou pai e a dobrar!!!
Ana Filipa Rodrigues, 6.ºA




Nos difíceis tempos que se seguiram D. Afonso Henriques travou muitas batalhas, estando a atenção do povo concentrada nos seus feitos de conquista de território aos mouros.
Frei Hilarião assíduo frequentador das cortes reais, adepto de um bom banquete, ficou com o cargo de gerir uma quinta cedida pêlo D. Afonso Henriques pela coragem e audácia na criação do novo reino a um conde que viria a ser intitulado de “desconhecido”.
Dom Bibas bobo da corte continuava a animar os saraus reais.
-Nunca se viu!
Mas quem será?
Na altura certa,
O conde aparecerá!
Com este verso respondia Dom Bibas a quem perguntava pelo misterioso conde da quinta, onde também animava as festas do povo.
O nome de quinta do conde desconhecido foi atribuído pelo povo, por nunca ter sido visto o seu misterioso dono.
Dessa quinta saiam o vinho e os enchidos que acompanhavam os exércitos de D. Afonso Henriques nos seus gloriosos feitos.
E foi assim durante repetidos anos.
Antes de falecer, D. Afonso Henriques chamou à sua presença Dom Bibas e D. Sancho I a quem pediu que continuasse a sua protecção à quinta do “conde desconhecido” pois este tinha sido um seu fiel servidor e que tinha dado um grande contributo para a formação do reino. Confidenciou-lhe ainda que o misterioso conde era Dom Bibas.
No dia seguinte corria pela corte um boato que Dom Bibas era o conde misterioso. Já estando velho e cansado Dom Bibas confrontado com tal boato não o pode negar principalmente por saber que tinha sido vitima da coscuvilhice que a ele tantos louros lhe valera.
De algum conhecido vinho que temos hoje à nossa mesa persiste a dúvida se terá a sua origem nesta quinta que terá passado de geração em geração.


Diogo Jacinto, 6ºA


Antes de todas as desgraças acontecerem algo de bom sucedeu. Dom Bibas encontrou a mulher da sua vida e pouco depois de se casarem algo de maravilhoso ocorreu. Dom Bibas criou uma família, sim isso mesmo, ele passou a ser pai.
O seu filho tinha uma beleza incrível, era esperto e também muito engraçado (como o seu pai). O seu filho parecia ter nascido de propósito para ser bobo (outra vez, como o seu pai). Bem, aos três anos Triskas (o filho de Dom Bibas) já era excelente a fazer coisas muito, mas mesmo muito engraçadas e o seu pai não resistiu e levou-o até à corte.
Quando lá chegaram, o rei ficou encantado com tal coisa, pois como referi no início, parecia ter nascido para ser bobo. O rei e toda a corte riram a valer e o seu pai tão orgulhoso se sentia que até chorou de alegria.
Quando Triskas era um jovem bobo de quinze anos era mesmo, mesmo, mesmo fantástico e todos o adoravam, ele era contratado para bailes, banquetes e às vezes para casamentos (coisa que normalmente não corria lá muito bem). Mas o pior para Dom Bibas foi quando Triskas deixou de ter graça, ele ficou muito sério. Felizmente, a sua mãe conseguiu animá-lo, pois ela também era muito engraçada! Triskas constituiu a sua família, todos foram bobos, enfim toda a família era engraçada!


Nicole Martins da Ponte, 6.ºA



Nos tempos em que Dom Bibas estava vivo, usava um gorro castiço, um gibão mais colorido que o próprio arco-íris e um engraçado saiote todo ornado com sonantes guizos.
Ele não continuou a viver sem um amor, pois Dom Bibas apaixonou-se por uma empregada da corte, chamada Beatriz. Ela, por sua vez, só gostava de fazer bolachas com pepitas de chocolate.
Dom Bibas queria conquistá-la. Então, ele fazia aquilo que podia: poemas, versos, canções e muito mais. Até que um dia, a Beatriz sentiu o mesmo por ele.
Dom Bibas fazia-a rir e ela oferecia-lhe as melhores bolachas. Toda a Corte descobriu o amor secreto que existia entre eles, chamaram-nos o Casal das Bolachas Engraçadas.
Tudo isto passou, e eles tiveram um filho ao qual chamaram Dom Bibas Júnior. Assim viveram felizes para sempre, e o Dom Bibas Júnior herdou os risos e a felicidade que o seu pai dava às pessoas que o viam.
Raquel Mendes Flores, 6.ºA




Finda a Batalha de S. Mamede eis que, frente a frente, estão o valoroso português Egas Moniz e o protegido do conde de Trava, Garcia Bermudes.

Egas Moniz levanta a sua arma, pronto a matar, não apenas o inimigo mas aquele que casara com Dulce a mulher que ele tanto amava.

De repente, o cavalo de Egas Moniz recua assustado com um enorme estrondo, a arma do valente português cai por terra.

Naquele preciso momento, Dom Bibas montando um lindo cavalo branco e de arma em punho avança para Garcia Bermudes e, enfrentando-o com enorme valentia, mata-o com um só golpe.

Dom Bibas tinha-se arriscado a morrer mas Deus havia-o protegido.

Um dos grandes inimigos de D. Afonso Henriques estava, agora, morto a seus pés, e a jovem e bela Dulce livre para casar com Egas Moniz.

Dulce recebeu a notícia da morte do marido não com tristeza, porque ela jamais o amara, mas com preocupação, pensando que aquele que ela tanto amava se tinha tornado num assassino.

Mas o alívio foi grande e a alegria enorme quando soube que fora D.Bibas.

O casamento de Dulce e seu amado foi preparado. Portugal tornou-se independente, o Conde Galego foi para a Galiza e o Bobo continuou a alegrar, com a sua boa disposição, as noites da Corte.
Pedro Perdigão, 6.º C




AMOR DE PERDIÇÃO





Era uma vez um rapaz que se chamava Simão, tinha cinco irmãos e uns pais que o adoravam. A mãe chamava-se Rita e o pai Domingues e viviam em Lisboa.
Com o passar do tempo a família mudou-se para Trás-os-Montes, onde o pai tinha crescido, a mãe não gostou muito da ideia de se mudar para lá, ela não estava habituada e dizia que estava a ficar louca. O marido já não aguentava mais, por isso decidiu fazer uma casa para a mulher e para os filhos. A família ficou ali a viver, os filhos cresceram, a mãe habitou-se e o pai chegou a ser corregedor.
Quando Simão tinha 15 anos, podemos dizer que era mauzinho. Ele andava na escola de Coimbra e estudava literatura, mas não gostava de estudar e só arranjava confusões e com o dinheiro que os pais lhe davam para a escola comprava pistolas, ele era uma espécie de pirata. Na vila diziam que ele era parecido com o «brocas» nome que davam ao seu pai. O Irmão mais velho também estudava.
Os pais estavam chateados com o filho por isso Simão ficou em casa durante um tempo para se corrigir, mas também não ficou melhor, só piorou!
Um dia ele saiu à rua e viu um grupo de homens a bater num empregado do seu pai, por causa de umas bilhas que o cavalo tinha partido e Simão pegou num pau e bateu-lhes desvairado e as pessoas fugiram todas.
Os pais já estavam preparados para lhe ralhar, quando a mãe notou algo diferente no filho. A mãe viu logo que o filho estava apaixonado por alguém. Mas quem? Ah, só se for a Teresa, a filha mais bonita dos seus vizinhos. Contudo, as duas famílias não se davam bem.
Teresa também se tinha apaixonado por Simão mas o seu pai ameaçou-a dizendo que a mandava para um convento.
Passado algum tempo, Simão voltou para Coimbra e tornou-se no melhor aluno da sua classe, mas continuava a gostar de Teresa e queria viver com ela. Eles adoravam-se, escreviam cartas todos os dias. Porém, o pai dela queria que ela casasse com o primo. Simão com ideia de impedir esse casamento voltou para Vila Real sem ninguém dar por isso, mas não correu bem, ele ia morrendo porque o primo de Teresa contratou alguém para o matar.
Mariana, filha de João da Cruz (amigo de Simão) é que cuidou dele, mas Teresa chorava e chorava… pois o pai dela queria que ele casasse com o primo, no entanto, ela só dizia que não casava e que preferia ir para o convento.
O pai dizia:
-Tu hás-de casar!
- Não caso, não casa. - dizia Teresa.
Então o pai mandou-a para o convento. Simão foi lá, mas encontrou o primo com quem se desentendeu acabando por dar-lhe um tiro, pelo que, foi preso.
Em tribunal, Simão disse a verdade, então, foi condenado à morte. Contudo o seu tio-avô salvou-o da morte e foi apenas condenado ao degredo. Simão foi transferido para o Porto e depois para a Índia.
Simão entrou no barco, rumo à Índia com Mariana, muito doente não suportou a viagem nem a ideia de não mais ver a sua amada e assim morreu. Mal tiveram tempo de lançar o corpo sem vida de Simão ao mar, quando repararam que Mariana também se lançara ao mar, morrendo com ele.
Uma História de amor que acabou mal, mas que mostra as diversas formas de amar e quanto o amor pode ser forte.
Paloma Calado, 6.ºC



AUTO DA BARCA DO INFERNO







Tendo já as barcas preenchidas para o seu destino, arrancou.
Uma para o céu foi e a outra para o Inferno lá foi.
O Diabo radiante de ter a barca cheia de pessoas pecadoras, enquanto a barca do Anjo levava só quase os cavaleiros, ao chegarem ao destino qual não é o susto das pessoas que estavam na barca do Diabo.
Frade:
- Já estou arrependido pelo que fiz.
Fidalgo com o traseiro todo dorido com a almofada ali à frente.
O Anjo feliz ficou com cavaleiros que pela sua vida lutaram e com imortalidade ficaram.
Agiota com a dor de garganta:
- Para onde hei-de ir? Só vejo fogo em todo o lado!
Diabo:
-Pois tu no Inferno estás.
Agiota armado em janota convencido já ele é e tem para dar e vender pensando que é só dar banho com dinheiro.
Agiota:
-Dinheiro no outro mundo ficou que será de mim? Promessas de dinheiro não poderei fazer?
Diabo:
-Medo poderás ter, vértices do sorriso para baixo toca porque pois no Inferno nós estamos e não com o Anjo abalamos.
Parvo:
-Este sítio é do melhor que há, no fogo posso tocar que morrer já não me pode acontecer, pois no Inferno cá estou.

Francisco Cabanita, 5.ºA

terça-feira, 7 de junho de 2011

Desafio: Uma Imagem Um Poema

A todos os alunos que participaram nesta aventura literária, os nossos parabéns pelo excelente trabalho!!!

Aqui fica a colectânea dos poemas mais expressivos. Não deixes de ler e divulgar aos teus amigos e familiares. Boas Leituras e Aventuras!!!






quarta-feira, 1 de junho de 2011

Uma música dedicada às crianças

Dia Mundial da Criança

Neste dia tão especial para pais, mães e filhos, queremos deixar aqui os nossos desejos de um FELIZ DIA DA CRIANÇA!! :)*





Uma vez mais deixamos aqui um poema do Livro dos Dias de José Jorge Letria, desta vez dedicado, claro está, às crianças.



O Dia da Criança
(1 de Junho)


É um dia em que cabem
Todos os dias do ano
E as coisas mais bonitas
que não podem causar dano;
os sonhos e os brinquedos,
as festas, as guloseimas,
a sombra de alguns medos
a casmurrice das teimas
e também, com fartura,
o afecto e o carinho
com que se faz a ternura,
para mostrar ao mundo
que a guerra é uma loucura
e que o gosto de ser menino
é o nosso eterno destino.
José Jorge Letria




Indicamos-te aqui dois sites que poderás consultar para ficares a saber mais sobre este dia.


No site Junior podes ficar a saber desde quando se comemora o Dia da Criança e o que ele significa. Também aqui podes conhecer os Direitos da criança.

http://www.junior.te.pt/servlets/Rua?P=Sabias&ID=482




No site Nota Positiva tens à disposição uma lista de sites onde, além de informação variada, também dispões de actividades e jogos educativos para crianças.





E agora temos aqui uma surpresa para vocês!!

Mensagens muito, muito especiais deixadas pelos vossos pais e familiares.



Para As Crianças
Nas mãos das crianças o mundo vira um conto de fadas porque na inocência do sorriso infantil tudo é possível, menos a maldade.
Crianças são anjos, são pedacinhos de Deus que caíram do céu.
Fernanda Santos





5.ºA


Para Afonso Ganhão Guerreiro
Que vivas a tua infância com muita alegria.
Não queiras ser adulto de repente.
Mãe

Que sejas feliz, pois se fores feliz também eu serei.
Vive a tua infância bem vivida, porque se a perderes já não a consegues recuperar.
Pai





Para Alexandra Martins

A Alexandra é uma criança com a personalidade de uma adulta, muito decidida no que quer e faz e comporta-se como tal. Mas quando vem o lado de dar miminhos é uma bebé, muito meiga, carinhosa, amiguinha de todos.
Continua como és, adoramos-te!
Alexandra e Luís (pais)



Para Bernardo Nogueira

Tu sabes que és muito amado por todos nós,
És especial e brilhas como o sol!
Tu sabes que consegues ser o melhor,
Por isso te pedimos que sejas o maior!
Amamos-te muito e queremos o teu Amor.
Beijinhos do fundo do coração.
Ana Paula (mãe)

Contigo passeio de bike,
Contigo jogo à bola,
Contigo sou feliz,
E perco a tarola.
Beijinhos e um Feliz Dia da Criança!!
Pai



Para Ema Laginha
Com “A” se escreve Amor
Com “R” Recordação
Com “E” se escreve Ema
A filha que tenho no coração.
Feliz Dia da Criança!
Muitas beijocas da tua Mãe.


Para Eva Bento
Para a filha mais carinhosa e simpática e muito minha amiga. Que tenhas um dia muito feliz e que tenhas tudo o que precisas.
Muitos beijos dos teus pais.


Para Lukas Guwa
Querido Lukas!
Tu és bom desportista querido, mas também preguiçoso.
Tu és meu filho e eu gosto de ti como és!
Mamã


Para Miguel Costa
Criança o és
Adulto o serás
Desfruta da vida
Que ela te encontrará!

Com muito Amor da Mãe!!
Tânia Costa



Para Ricardo Martins

Ser criança não é somente ter pouca idade, é sim, esquecer a idade física.
A nossa verdadeira idade está na mente. É o que se sente.
Ser criança é perseguir a felicidade sem se importar com a idade.
É esquecer um pouco as responsabilidades, sem contudo ser irresponsável.
É viver intensamente o presente, não viver condicionado ao futuro, nem ruminando o passado.
É amar intensamente e viver essa paixão sem precedentes.
É sempre sorrir, sempre estar aberto para o novo ser criança.
É nascer de novo a cada dia.
Carlos Martins


Para Ricardo Café
Poucas coisas no mundo são mais poderosas que um impulso positivo – um sorriso. Um mundo de optimismo e esperança, um “tu consegues”, por isso não te esqueças, luta sempre pelos teus objectivos com dignidade.
O caminho é mais fácil para quem acredita nele e não te esqueças que o teu pai está sempre contigo mesmo nas situações mais difíceis.
Francisco Café


És a minha esperança, que nunca desanimes perante as dificuldades e assim vencerás as contrariedades.
Nunca percas a esperança nem a força, sê persistente mesmo quando caíres. Meu filho, meu orgulho, minha felicidade, tu és um presente especial para toda a vida.
Isalita Café


Para Rita Antunes

Nesta vida pode-se aprender três coisas de uma criança:
1.ª Estar sempre alegre;
2.ª Nunca ficar parado;
3.ª Chorar com força por tudo aquilo que se quer.
Fernanda Antunes

Que este dia seja de reflexão, pois quando falamos em crianças falamos nos homens do “amanhã”. Seremos no futuro um reflexo do que fomos em criança.
Dia Feliz, Muito Feliz
Pois é com dias felizes
Que teremos um melhor futuro.
Do Pai, em especial para a Rita
De um Pai, para todas as Crianças



5.ºB

Para Adriana Santiago

Querida filhota desejo que este dia seja muito alegre e feliz junto dos teus amigos e amigas.
São os votos desta tua mãe que te adora do fundo do coração.
Beijocas
Dulce Santiago



5.ºD

Para Alexandre Martins

Alexandre, és a razão pela qual a mana sorri todos os dias. O amor que sinto por ti é o mais puro, sincero, verdadeiro e mais profundo. Obrigado por existires na minha vida.
Tatiana Martins (mana)

Filho lindo, és o meu maior tesouro, és o mais belo botão de rosa que perfuma o meu jardim.
Adoro ver-te brincar, adoro ver-te sorrir, amo-te do coração, tu és tudo para mim.
Maria Vidal (mãe)


Para Ana Carolina Neto

Esta dedicatória é para ti,
Minha filha adorada!
Desde o primeiro minuto em que te vi
Foste logo muito amada.

Quero te dizer…
Que gosto muito de ti,
Aconteça o que acontecer,
Estarei sempre junto a ti.

Peço a Deus, em oração,
Saúde, Paz e Amor…
Para ti Carolina,
Um grande xi-coração!

Pato, Patinho
Sabedor e juiz
Faz da Carol
Uma menina feliz!

Um grande beijinho da Mãe e do Pai.



Para Isa Sequeira

Olá filha!!!
Foste uma das melhores coisas que me aconteceu na vida, já me deste muitas dores de cabeça, mas também muitas alegrias.
Espero que a vida te sorria por muitos anos.
Desta tua mãe que te adora,
Teresa


Para Sofia Oliveira

Filha, tu és o meu sol, a minha luz.
O meu amor por ti é do tamanho do mundo.
Espero que te possa ver crescer sempre assim, inteligente, amorosa e feliz.
Esta mensagem é para te dizer o quanto eu te adoro e te quero bem.
Feliz Dia da Criança!
Verónica Oliveira (mãe)



6.º C

Para Inês Rego

Os meus pensamentos transformam-se em sorrisos sempre que penso em ti, ou seja, desde há onze anos que passo a vida a sorrir!
Nélia Guerreiro



Para Magda Grade

Magda és muito especial, és uma parte de mim.
Adoro-te muito, muito!!!
Lúcia Grade