sábado, 5 de maio de 2012

Dia da Mãe


Segundo alguns historiadores, o Dia da Mãe está ligado às mais antigas festividades que decorriam na Grécia Antiga, aquando da Festa da Primavera, na qual se honrava a Mãe dos Deuses – Rhea, mulher de Cronos e Mãe dos Deuses.
Em Roma, as festas comemorativas do Dia da Mãe eram dedicadas a Cybele, a Mãe dos Deuses romanos, e as cerimónias em sua homenagem começaram por volta de 250 anos antes do nascimento de Cristo.



Em Portugal este dia já foi comemorado a 8 de Dezembro (Dia da Nossa Senhora da Conceição – Padroeira de Portugal).
Actualmente é celebrado no primeiro domingo de Maio, em homenagem a Maria, mãe de Cristo.


Esta data é uma homenagem a todas as mães e serve para demonstrar e reforçar o amor dos filhos pelas suas mães.

    
Poesias para o Dia da Mãe  (: para ouvires e leres com a mãe :)



A Mãe

A mãe

é uma árvore

e eu uma flor.



A mãe

tem olhos altos como estrelas.

Os seus cabelos brilham

como o sol.



A mãe

faz coisas mágicas:

transforma farinha e ovos

em bolos,

linhas em camisolas,

trabalho em dinheiro.



A mãe

tem mais força que o vento:

carrega sacos e sacos

do supermercado

e ainda me carrega a mim.



A mãe

quando canta

tem um pássaro na garganta.



A mãe

conhece o bem e o mal.

Diz que é bem partir pinhões

e partir copos é mal.

Eu acho tudo igual.



A mãe

sabe para onde vão

todos os autocarros,

descobre as histórias que contam

as letras dos livros.



A mãe

tem na barriga um ninho.

É lá que guarda

o meu irmãozinho.



A mãe

podia ser só minha.

Mas tenho de a emprestar

a tanta gente…



A mãe

à noite descasca batatas.

Eu desenho caras nelas

e a cara mais linda

da minha mãe.

                                                                                     Luísa Ducla Soares,


                                                                Poemas da Mentira e da Verdade



MÃE
(prosa poética)


    Mãe!


        Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei! Traz tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue verdadeiro, encarnado!


        Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!


        Eu ainda não viajei e a minha cabeça precisa de viajar. Tenho sede! Eu prometo saber viajar.


       Quando eu voltar é para subir os degraus da tua casa um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me ao teu lado. Tu a coseres eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.


        Mãe! Ata as tuas mãos às minhas e dá um nó cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa. Eu também quero ter um feitio que sirva exatamente para a nossa casa, como a mesa.


        Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!


        Quando passas a tua mão pela minha cabeça é tudo tão verdade!





                                                                                         Almada Negreiros, A Invenção do Dia Claro.




Musiquinhas para o Dia da Mãe (: para ouvires e cantares com a mãe :)





Blog dinamizado pelas professoras: Cidália David, Luísa Crispim e Virgínia Fernandes

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